Representantes dos Sindicatos de trabalhadores no comércio de Dom Pedrito, Ijuí Santiago, São Francisco de Assis e Três Passos estiveram reunidos na sede do SindiComerciários de Ijuí na última semana para debater novamente questões relativas a situação dos trabalhadores na Cotrijui. A cooperativa, que já foi uma das maiores da América Latina, passa por uma crise financeira e esta situação tem refletido no ambiente de trabalho e na relação trabalhista entre a empresa e os trabalhadores em diversos setores, não só os ligados ao comércio.


A 2ª Vice-presidenta da Fecosul e Presidenta do SindiComerciários de Ijuí lembrou o protagonismo dos trabalhadores no comércio em denunciar a grave situação pela qual a empresa passa, o que culminou com uma grande manifestação de trabalhadores, associados e autoridades no ano passado. “Nossa mobilização marcou a luta dos trabalhadores da Cotrijui pelos seus direitos e na defesa da empresa, mas infelizmente hoje, não houve muitas mudanças”. Ela cita que uma das ações dos Sindicatos resultantes da mobilização dos trabalhadores foi entrar com uma ação no Ministério Público do Trabalho, para garantir o pagamento de salários e  apesar do êxito nessa questão, outros problemas apareceram. Os Diretores presentes a reunião relataram problemas comuns em toda a base de atuação de seus Sindicatos entre eles a forma de demissão dos trabalhadores.


Os sindicatos reconhecem que os problemas econômicos e financeiros da Cotrijui não são apenas responsabilidade da atual diretoria, mas que há incoerências na estratégia para enfrentar os problemas pelos quais a empresa passa e nesta perspectiva, os trabalhadores são os mais prejudicados. “A pressão disso recai sobre os trabalhadores, que sofrem toda a pressão de associados e da comunidade, pois estão na linha de frente do atendimento ao público”, disse Rosane Simon.


Nesta reunião, as Diretorias dos Sindicatos de trabalhadores do comércio que tem atuação nas cidades onde a cooperativa está instalada, realizaram uma avaliação e definiram estratégias conjuntas de atuação para enfrentamento de algumas questões. Uma das principais preocupações é com a abrangência econômica da empresa, que gera empregos em diversas cidades da região. Para os Sindicatos, a preservação dos empregos é uma questão fundamental e de fundo social, o que dá a dimensão do problema.