"Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância", disse Jesus. Assim iniciou a sua fala o representante da Cúria de Santa Rosa, no Grito da Alerta. Já era passado o meio dia e os mais de 10 mil trabalhadores rurais e urbanos presentes a mobilização já tinham tomado chuva, caminhado abaixo do sol e seguiam na resistência.
O tema principal foi a reforma da previdência proposta pelo governo golpista e que atinge em cheio os trabalhadores e o povo, reduzindo direitos, promovendo a desigualdade e a injustiça social. "São reformas propostas por um governo ilegítimo, que não teve voto e que só por isso propõe estes retrocessos ao povo. Porque não teve que apresentar suas propostas para serem aprovadas nas urnas", disse a Diretora do SindiComeriários de Ijui, Rosane Simon, que esteve no ato representando a Fecosul e a CTB/RS.
Sérgio de Miranda e Rosane Simon
No iniciou da manhã, diversos deputados e lideranças já se manifestavam na concentração. As falas cobravam principalmente os votos da bancada gaúcha de deputados federais, especialmente os deputados Darcísio Perondi e Osmar Terra, que são da região e também são fortes articuladores da reforma no congresso nacional.
Os trabalhadores seguiram em caminhada, realizando paradas estratégicas em frente a agência do INSS, bancos e da coordenadoria estadual de saúde. Em frente ao INSS, as mulheres trabalhadoras rurais realizaram uma mística, recapitulando historicamente as suas lutas e conquistas. Em cima de um caminhão, algumas trabalhadores encenavam o destino da classe trabalhadoras a reforma for aprovada: trabalhar até morrer.
Reforma da previdẽncia: trabalhar até morrer
"Este é um períodos em que a palavra de ordem deste governo é a retirada de direitos, com a desculpa de reduzir gastos. Muitos quando escutaram que o governo ia reduzir gastos bateram palmas, pois acham que o governo gasta demais, só que o governo não disse, não deixou claro para ele e para nos de onde ia sair este menos. Este menos não vai sair dos juros pagos aos bancos, este menos eles querem tirar do bolso dos trabalhadores", disse Sérgio de Miranda, que falou no ato representando a CTB/RS.
O ato mobilizou diversas categorias profissionais da região noroeste do estado, em conjunto com os trabalhadores rurais reunidos pela Fetag/RS. "Haverão outros atos e mobilizações e vamos seguir fortes, conclamando o povo para que resista contra os retrocessos e a CTB vai estar junto, para impedir que estas reformas aconteçamos", concluiu Sérgio de Miranda.