A direção do SindiComerciários de Ijuí promoveu na manhã desta quarta-feira (25) ação da campanha salarial da categoria em 2016. “Neste momento estamos visitando nossa base e informando os trabalhadores sobre a campanha que foi recentemente lançada em várias cidades do estado”, explicou o presidente do Sindicato, Ari José Bauer.

 

Bauer informou que as negociações para o dissídio deste ano apenas iniciaram. Em reunião recente com o Sindilojas, o SindiComerciários entregou proposta e aguarda retorno do sindicato patronal. Os comerciários pedem reajuste para o piso de 11,1% (reposição da inflação) sobre o valor do salário mínimo do estado, que é de R$ 1054. Para os demais salários os comerciários pedem 12% de reajuste. Nesta semana o SindiComerciários reuniu-se também com a direção da Cotrijui para apresentar proposta de reajuste. Os índices de reajuste da proposta são iguais aos apresentados ao Sindilojas.

 

O Sindicato de Ijuí já fechou acordo de dissídio com a Cotricampo, para o período 2016/2017, com data base em março de 2016. O piso salarial ficou em R$ 1160 (acima do valor do salário mínimo regional que é de R$ 1154) e os demais salários terão reajuste de 11,1%. A cooperativa já havia adiantado o pagamento do auxílio escola no último mês de março. O acordo deste ano incluiu cláusula na qual a cooperativa compromete-se a pagar novamente, em março de 2017, o auxílio aos seus trabalhadores.

 

“Sou comerciário, meu trabalho vale mais” e o lema da campanha unificada dos comerciários gaúchos em 2016. Além do reajuste salarial, os Sindicatos no estado lutam pelo descanso aos domingos e feriados, licença maternidade 180 dias e creche, vale-alimentação, o fim do banco de horas e pelo auxílio estudante para que as empresas auxiliem na qualificação dos trabalhadores.

 

“Nossa expectativa é de sempre fechar os acordos próximos a data base da maioria dos setores que é no mês de março, para que os trabalhadores tenham acesso aos benefícios vinculados ao dissídio, como o auxílio escola. No entanto, devido a falta de sensibilidade dos patrões, os acordos chegam as vezes até novembro ou dezembro, quando não ficam para o ano seguinte. Estamos esclarecendo para a categoria que há a necessidade de mobilização”, conclui Bauer.